terça-feira, 22 de julho de 2008

Futebol de Domingo

O famoso dia de domingo. Futebol com os amigos, cervejinha gelada e mulheres (de preferência que não sejam as namoradas). Pra eles é um dia mais do que especial, diria até único, mas a felicidade não é eterna e nós mulheres não somos tão passíveis quanto aparentamos. Eu me arriscaria a afirmar, com toda minha convicção de observadora, que a partir do momento que as mulheres resolveram se reerguer diante da submissão, foram capazes de conhecer o poder de um barzinho com as amigas. E isso com certeza foi o caos, se não um dos motivos do apocalipse. Diria até, que o dia de domingo jamais foi o mesmo!Antes dedicado a tarefas domésticas, como lavar roupa, cozinhar, varrer o chão, organizar o guarda-roupas e afins, agora direcionado ao futebol, cervejinha gelada e fofoca. Muito mais produtivo e divertido, mas ao mesmo tempo, muito mais incomodo na visão masculina. Imagine o quanto deve ser angustiante, ver cada vez mais mulheres invadindo um espaço antes másculo e rude? Onde só se viam homens por todos os lados, esbanjando virilidade e exibindo seus grandes feitos para a humanidade: - Cara, lembra daquela gostosa do 401? Mandei um bilhetinho, e dois dias depois, ela tava tomando café da manhã na minha cama! - mas que agora, só se vêem mulheres gritando Gol e comentando sobre as coxas torneadas dos jogadores. Mas é obvio que este não é o único problema. Já não bastava termos roubado o cenário empresarial e do mercado de trabalho, nos espalhando pelas ruas, escritórios, hospitais, padarias, clínicas, empreiteiras, corpos de bombeiros, trabalhos policiais e militares, também invadimos os CAMPOS DE FUTEBOL e os barzinhos. Concordo que foi uma ousadia tamanha, mas muito gratificante.
Toda vez que saio de casa, objetivando ver um jogo de futebol, fico mais emocionada. Torcer com todo fervor para o meu time, vestir a camisa P (que antes só se fabricava G, GG e extra G) super sexy, pedir uma gelada e falar sobre o corte de cabelo horroroso da Mariinha, ou sobre a roupa brega que a Fernanda resolveu comprar. É claro que nem tudo são flores, principalmente para o meu namorado que não fica nada satisfeito com a situação. Primeiro porque não sonhamos com a mesma vitória, já que torcemos por times diferentes (nota: é incrível como o time dele passou a ganhar freneticamente do meu, depois que nos conhecemos) e segundo, porque o meu timão tem um bar, ao lado da minha casa, o que faz com que eu o freqüente quase que diariamente, e o que faz com que ele fique maluco.
Enfim, acredito que um dia eles possam suportar a dor da perda. Afinal, agora as namoradas não mais esbravejam, choram e xingam quando eles dizem - Amorzinho, hoje é domingo, dia do futebol com os amigos. - Não, pelo contrário. Agora elas dizem : - Amor, anda logo, o jogo já vai começar!
É, eu sei. Não imagino marmanjos no cabelereiro, lendo manchetes de revistas como:
"Saiba Como deixar o sexo mais selvagem", ou entao " Os principais bebefícios da depilação", afinal, isso não faz muito o tipo deles. Mas convenhamos que o número de metrossexuais vem aumentando, e se eles podem dividir o secador, o espelho e a manicure com a gente, porque não podemos dividir o futebol, a gelada e as pernas malhadas dos jogadores com eles?

Um comentário:

Unknown disse...

Ai Ray!
Tricolooooooooooooor!!!
=D

Otimo texto!
Parecendo meio frustada néh, mas em fim. a vida né...

As mulheres merecem o espaço que conseguem, apesar de haver pessoas que não concordem com isso...
É a evolução!

Futeboooooool!!!
hauheauhaehe

T+
Bj